a16

A natureza é o altar de todos nós

(clic na imagem para visualizar melhor)
Reconhecendo
nos elementos da natureza a força vital o espiritualista relaciona o Grande Poder Maior, independente da denominação, e os significados que estão presentes no ambiente natural, como
algo constitutivo do seu ser – o seu modo de ser e de viver. 
Através do lema “a
natureza é o altar de todos nós”
a FAUERS trabalha as questões ecológicas e da educação ambiental no
intuito de movimentar a conscientização e a preservação juntamente com os centros, ilês, terreiros e comunidades. A FAUERS procura organizar materiais e eventos como estratégia para a busca de reflexão e de bom  uso dos recursos naturais, para o menor impacto possível sobre o meio ambiente. 
Abaixo algumas das ações:
–  Evento Praia Limpa para Iemanjá; 
– Oficinas da oferenda ecológica;
– No mês de junho, mês da Ecologia, realização de atividades diversas para sensibilização sobre o tema;
– Construção da Cartilha Ecológica FAUERS, volumes
I (2010) e II (2011), publicadas em parceria com apoiadores do projeto;
– Organização das Cartilhas I (2008) e II (2011) da Romaria das Águas, publicadas pelo Ministério do Meio Ambiente;
– Participação da construção do Caderno de Orientação – A educação
Ambiental e as Práticas das Religiões Afro-Umbandistas da Câmara Municipal
de Porto Alegre;
– Entrega em 2009 da proposta do
Santuário Ecológico para a cidade de Canoas, num misto de espaço religioso, ecológico e
cultural para garantir a força do axé dos reinos da natureza, hoje incorporados pelo espaço urbano;
– Assinatura de contrato de cooperação com a Prefeitura de Canoas para construção do Parque da Fé e Paz, em 02/02/14, data da inauguração da imagem sincrética Mãe das Águas, como resultante da proposta do Santuário;
– Participação pelas águas de Oxum em ações do
Projeto Ambiental em defesa da biodiversidade e da valorização das nascentes e
arroios – Arroio Araçá: Nosso Rio Guri/Canoas; 

 – Integração com o comitê de organização do
Movimento Estadual Romaria das Águas, realizando amplas ações pelas nascentes das águas de Oxum;

– Projeto entregue à Câmara de Vereadores da Canoas para a inclusão no calendário da cidade do dia para início do Movimento Romaria das Águas no município. O Vereador Paulinho de Odé propõe e a Câmara aprova a lei nº 5776/2013 que estabelece o dia 22 de Março – dia da água – para abertura oficial do evento inter-religioso e ecológico.

De 2011 a 2013 a estudante de Ciências Sociais da UFRGS, Lucía Copelotti, como bolsista de iniciação cientîfica do CNPq, realizou trabalhos sobre as atividades ambientais da FAUERS, apresentando resultados de sua pesquisa no XXIII Salão de Iniciação Científica da UFRGS, sendo escolhida como aluna destaque, e na Reunião Brasileira de Antropologia, em São Paulo, ganhando o 2º lugar na categoria Levi-Strauss. Em janeiro de 2013 apresentou seu Trabalho de Conclusão de Curso à Banca, no qual representantes da FAUERS estiveram presentes.

Para acessar suas publicações:
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/67473
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/47201
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/47201/Resumo_12025.pdf?sequence=1
http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/title/natureza-e-altar-todos-nos-uma-etnografia-as-praticas-ecologicas/id/57161000.html
Poster: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/47201/Poster_12025.pdf?sequence=2


Resumo do Trabalho de conclusão de graduação de Lucía Copelotti Guedes (2012)


Este trabalho é uma etnografia sobre as práticas ecológicas desenvolvidas pelas religiões afro-brasileiras na Região Metropolitana de Porto Alegre. Procuro, aqui, compreender as experiências que possibilitam, pela incorporação de um idioma ecológico, o deslocamento de práticas religiosas para o campo ambiental. Na tentativa de apreender os sentidos e os significados atribuídos por estes religiosos à natureza, recorro às narrativas das lideranças das federações em defesa das religiões afro-brasileiras e também dos adeptos. Privilegio no texto a descrição das experiências e dos interesses que possibilitam a sobreposição de praticas religiosas e ecológicas, de modo a perceber como a questão ambiental é internalizada e agenciada, no sentido de possibilitar a visibilidade das lutas tradicionais de tais religiões bem como a articulação da religião às instâncias governamentais.

Compartilhe